De tempos em tempos, viajo para o Japão e me encontro com meu mestre de artes marcias e filosofia oriental, Toni Garrido. A gente se encontra no topo do Monte Fuji, onde compramos filme pra máquina fotográfica e conversamos sobre o nosso papel no universo. Veja como foi nosso último bate-papo:
Serginho - E aí, mestre, foi difícil chegar no topo dessa montanha?
Toni Garrido – Você não sabe o quanto eu caminhei... pra chegar até aqui...
Serginho – É deve ter sido complicado mesmo. E nessas caminhadas bate uma fome, né? Como você se vira nesses momentos?
Toni Garrido – Como um girassol, como um girassol... Amarelo, amarelo...
Serginho – Já tem o maior tempão que a gente não se vê, né, mestre?
Toni Garrido – Minha vida está congelada desde a última vez que lhe vi.
Serginho – É... aquela última vez foi engraçada, quando eu derramei suco de uva na minha camisa. Será que aquela mancha sai?
Toni Garrido – Não sai não... Não sai, não sai, não sai...
Serginho – Mestre, uma dúvida me corrói a mente: o que pode me trazer mais alegria, o sentimento ou a sacanagem?
Toni Garrido – Você sabe: o sentimento não traz! O sentimento não traz!
Serginho – Sua sabedoria me alimenta, mestre... mas vai um chocolatinho aí?
Toni Garrido – Libere suas delícias, parado não dá pra ficar.
Serginho – Falou então, mestre, tô partindo. Vai nessa também?
Toni Garrido – Eu fui, eu fui, eu fui, eu fui, eu fui, eu fui!
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